Depois de não estar com o espanhol há uma semana, com a restrição - a euforia que vem dela - que fui conquistando, telefona-me hoje. Logo hoje vou vê-lo na aula, depois de uma compulsão
Para começar 2 waffles, depois pêssego enlatado e, ainda com fome, umas tostas com manteiga e queijo. E tentei ficar por aí, mas não sei que raio de linha pensamento segui, mas não me senti satisfeita e foi então que abri uma lata de leite condensado, despejei lá dentro chocolate em pó, misturei muito bem até ficar espesso o suficiente e, descontente com o aspecto mousse de chocolate que adquiriu, mergulhei outra waffle naquela piscina calórica. Logo na primeira colherada senti um vómito, mas continuei a forçar a entrada de mais uns bons, grandes e enjoativos pedaços de pecado. Parei quando o estômago protestou, a cabeça ficou tonta e a culpa assentou. Corri ao quarto de banho, enfiei a escova de dentes até ao fundo da garganta e, depois de dois súbditos vómitos, parei. Não vomitei, nunca vomito. Nem vale a pena, parece que não nos livramos da gordura com o vomitado.
Cheia e enjoada, só pelas 8 da manhã consegui adormecer, para ser acordada às 11h e qualquer coisa pelo senhor espanhol. Estou com raiva dele. Tens de me acordar depois de uma compulsão?!! Eu esperava dormir até passarem os meus compromissos, poupando as pessoas da visão nojenta que eu me tornei esta manhã.
Ainda escrevi a minha culpa antes de adormecer, e todas as palavras reflectem a necessidade de me castigar "não posso comer, não posso comer, não posso comer". A mesma ideia continua presa à minha mente. E, vá lá, não me podem culpar, como pode uma pessoa sentir-se bem, ou mesmo ignorar, este ataque voraz à comida? Ainda por cima tendo tido um controlo magnífico, poderoso, no dia anterior. Como posso evitar o não comer, a punição, a compensação?
Mais incrível ainda, pesei-me antes da compulsão, ainda nos 53 Kg. Fiquei frustrada por não ver um número abaixo. Talvez o estúpido 53 tenha contribuído para comer tanto "Merda! Ainda aqui?" foi o que pensei. E é por essa razão também que hoje não quero comer, passar fome e amanhã de manhã voltar a subir à balança, esperando ver o 52kg. Nem que seja 52, 900gramas.
Sabem que mais, BAH! Estou chateada! Comigo e com o mundo - mas, sim, mais comigo e o meu falhanço.
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