Nem imaginam o quão patética sou. PA-TÉ-TI-CA!
Depois de estar pronta para sair com as meninas, o plano era nos divertirmos um pouco num dos bailes típicos da altura, entrei num frenesim de põe vestido, muda para calças, experimenta saia, pensa num top. Preocupada que a boleia chegasse, mandei logo uma mensagem a dizer que afinal não ia sair. Assim, há última da hora, desisto daquilo que poderia ter sido uma boa noite (e já que ando com dificuldades em adormecer, aproveitava para estar longe da comida aqui em casa). A desculpa foi baseada numas dores repentinas do período. Toda a mulher sabe que o desconforto é demasiado, portanto sempre uma boa mentira. Agora sinto-me patética por ter desistido de sair por me sentir mal com qualquer roupa! Quem no seu perfeito juízo faz tal coisa?
Olhei para o meu reflexo em todos os espelhos desta casa e só consegui odiar toda a minha figura. Começando pela cara - tão feia, a pele com com alguma acne da menstruação e pálida, os olhos escondidos, cansados e com olheiras por baixo (parecem olhos de louca), a boca pequena e desinteressante; o cabelo, sem jeito, sem vida, estragado; o corpo, bem, gordo. Enfim, nada me parecia ficar bem, nem um sorriso.
Sinto-me patética não só por ter ficado em casa, mas também por olhar para mim e ver um mulher feia. Sei que devia gostar de mim, de me achar bonita, sorrir e divertir-me. Mas eu só estou a conseguir ver uma pessoa feia.
Ontem tive compulsão.
Hoje não comi nada, ainda.
Patética.
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